Policias que fazem a segurança em comunidades também serão monitorados.

 

A Secretaria de Segurança já confirmou que serão instaladas câmeras de segurança para vigiar a comunidade da Rocinha e a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) instalada no local. Algumas favelas já têm o sistema e outras receberão em breve. Para que o monitoramento funcione corretamente, as imagens não são acompanhadas só pelo batalhão da PM da área. Há um Centro de Comando e Controle, no prédio da Secretaria de Segurança, com estrutura tecnológica que funciona 24 horas por dia, para garantir que as cenas filmadas estão sendo vistas e as atitudes sejam corretas. Nos batalhões da PM, câmeras também vigiam a ação dos soldados. 

Na opinião do especialista em segurança pública Paulo Storani, o sistema de vigilância é importante, mas os policiais também devem estar no foco: Houve proposta apresentada à Alerj para instalar câmeras nas viaturas, e os policiais não querem, alegando invasão de privacidade. Acontece que o serviço que eles prestam é público. Para Storani, outro ponto fundamental é que não adianta ter câmera sem alguém olhando o tempo todo e agindo na hora.

Na sala do Centro de Controle, além de poderem ver as imagens geradas pelas câmeras instaladas nos batalhões, os técnicos visualizam as salas de operação locais, onde as cenas são acompanhadas por operadores. 

A tecnologia no centro de controle é administrada por policiais especializados na análise e no monitoramento das imagens. A polícia conta com 309 câmeras instaladas na cidade. O centro também tem acesso às imagens das 400 câmeras da CET Rio em toda a cidade. De mais de 300 câmeras monitoradas pela PM, 30 estão nas comunidades Dona Marta, Batan, Cidade de Deus e Complexo do Alemão. Além da Rocinha, Vidigal e Mangueira também têm projetos em desenvolvimento para receber câmeras. Se houver atitude suspeita na área filmada, equipe do batalhão mais próximo vai até o local.

As imagens ficam armazenadas no centro de controle durante três meses ou até um ano, em caso de crimes.

 Fonte: Revista Segurança e Cia.

Publicado: 23/01/2012