Mercado de segurança eletrônica cresce a uma média de 13% ao ano.
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O crescimento constante do mercado de segurança eletrônica é algo inquestionável. A cada ano, os números apresentam resultados mais positivos, e as previsões para as empresas do setor são as melhores possíveis. De acordo com a ABESE (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança), o mercado de sistemas eletrônicos de segurança (SES) tem crescido a uma média de 13% ao ano, nos últimos 10 anos, e esse quadro deverá permanecer. O aquecimento do mercado se dá principalmente pela ampliação do uso das tecnologias pela crescente classe média brasileira, seja devido à demanda com grandes eventos esportivos nos próximos anos no país, bem como a utilização das tecnologias de Sistemas eletrônicos de segurança pelos serviços públicos. Em relação aos fatores principais desse crescimento, também podemos citar a estabilidade econômica, o dólar com valores controlados, e a evolução da Tecnologia de Informação e comunicação, que alimentam positivamente a capacidade de desenvolvimento de produtos e na oferta de serviços de segurança eletrônica. Carlos Progianti, presidente da ABESE, confirma que 2010 foi um ano de conquistas para o mercado de segurança brasileiro, e afirma que o setor movimentou cerca de US$ 1,680 bilhão, com um crescimento de 12% em comparação ao ano anterior. Avaliando os lançamentos do último ano, ele explica que no país aproximadamente 88% do consumo de equipamentos de segurança eletrônica são originários do setor não residencial. De um total de 6,18 milhões de imóveis com possibilidade de receber sistemas de alarmes monitorados, apenas pouco mais de 11% desse total, ou 710 mil imóveis são monitorados no país, número distribuído entre as pequenas empresas de monitoramento do mercado que vem registrando significativo crescimento nos últimos 3 anos. Carlos Progianti destaca que as tecnologias de alarmes contra intrusão representam 26% do mercado de Sistemas Eletrônicos de Segurança. Já as tecnologias de sistemas de controle de acesso que representam 24% do mercado. As tecnologias que incluem equipamentos de identificação, cartões de acesso, número de identificação pessoal e equipamentos biométricos (impressão digital, iris, voz, palma da mão e facial), estão em expansão e assim devem permanecer devido à demanda de dois grandes eventos que terão lugar no país: Copa do Mundo 2014 e Jogos Olímpicos de 2016. Apesar de todo o crescimento, segundo o presidente da ABESE, o mercado brasileiro ainda precisa de alguns ajustes. Em sua opinião, um dos principais desafios atuais do setor é a questão da legislação específica para o mercado de Sistemas Eletrônicos de Segurança, discussão na qual a ABESE esteve largamente envolvida e que está avançando por meio dos ajustes no Estatuto da Segurança Privada. Esse trabalho vem sendo realizado pela Federação Interestadual de Sistemas Eletrônicos de Segurança (FENABESE) criada recentemente e que será o elo entre o governo e os sindicatos do setor. A Federação também nasceu como parte das discussões sobre a legislação e já é reconhecida como representante legítima da segurança eletrônica pela Polícia Federal, órgão que coordena a elaboração do Estatuto e irá fiscalizar as empresas de segurança privada. Progianti acrescenta que também é preciso avançar na formulação de normas para o mercado nacional, na questão de alarmes, CFTV, controle de acesso, entre outros. Para 2011, as expectativas são positivas. Muitas novidades devem chegar ao mercado ainda este ano, e quando se trata de tecnologia de ponta, os resultados são imprevisíveis. São tantos produtos e soluções que fica difícil para o consumidor acompanhar todas as opções. Sobre os produtos mais esperados, Carlos Progianti afirma que se trata de uma infinidade de novos equipamentos e tecnologias, e cita os Sistemas de controle de tráfego em vias públicas e rodovias como a grande aposta. Se pensarmos em tendência mundial, além dos sistemas de tráfego em vias públicas, podemos citar, Sistemas de Análise Inteligente de Vídeo, Sistemas avançados de identificação biométrica, e o projeto Cidade Digital, que prevê a integração dos registros e informações a disposição dos órgãos competentes (imagens em vídeo, fotos, registros de ocorrências). No setor de CFTV também vem novidade por aí. Mais especificamente podemos citar, as câmeras de IVA ou vídeo análise, que por meio de meta dados conseguem analisar o comportamento humano e ou reconhecimento biométrico. Outras novidades são os alarmes que passam pelo tipo de proteção com tecnologia totalmente sem cabeamento de sensores internos/externos, criando soluções de projetos de segurança mais limpos, seguros e de rápida instalação, afirma. Os eventos do setor, como feiras e encontros, tem um papel importante na disseminação de tecnologia, e troca de experiências entre profissionais e empresas, e por isso representa uma ferramenta importante no crescimento do mercado. Para este ano, a ABESE está trabalhando para aprimorar ainda mais a já consolidada Exposição Internacional de Segurança (Exposec), que em 2011 chega em sua 14ª edição. No ano passado, foram mais de 30 mil visitantes, mais de 600 expositores e movimentação aproximada de R$ 125 milhões em negócios.Também está programado, um calendário de Simpósios Regionais programados para os Estados de RJ, RS, RO, DF, MS, MG, ES e CE, além de participação nas principais feiras de segurança eletrônica no mundo. Questionado se o mercado brasileiro, e principalmente as empresas brasileiras de SES estão preparados para tanto crescimento, o presidente da ABESE afirma que sim, e ressalta a importância de se investir em capacitação. É sempre importante investir em treinamento e capacitação de gestores e colaboradores, tanto para promover troca de experiências, como reciclagem e atualização do mercado que constantemente evolui. Carlos Progianti também citou o Selo de Qualidade ABESE, criado para oferecer maior credibilidade e confiança ao consumidor. A ABESE dispõe do Selo de Qualidade ABESE com o objetivo de proporcionar às empresas redução de custos, aumento da lucratividade, qualidade do serviço, aumento da competitividade, padronização das atividades e melhorias contínuas. Por outro lado, auxilia o consumidor na identificação de empresas idôneas. Para ele, a criação do Selo traz regulamentação e atualização ao setor.
Fonte: Revista Segurança e Cia. |
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