Tecnologia que protege.
No lugar das chaves, a palma da mão. Em um futuro nada distante, essa poderá ser a senha perfeita para garantir mais segurança aos prédios e apartamentos de moradores temerosos com os altos índices de violência do Estado.
O novo sistema de biometria - conhecido como Palm Secure - se junta a outros modernos itens, como câmeras com tecnologia infravermelha, guaritas blindadas e rádio frequência para acionar os portões de garagem para formar a lista das novidades que vêm aquecendo o mercado de segurança.
Mas não se anime: quanto melhor a tecnologia, maior será o investimento. O Palm Secure, por exemplo, é um equipamento três vezes mais caro que o sistema mais comum de leitura biométrica, o de impressão digital.
Entre os benefícios da novidade está a redução do risco de os bandidos optarem por decepar o dedo de algum morador para utilizá-lo no leitor de digital. Se passou pela sua cabeça a cruel, porém lógica, ideia de que basta arrancar a mão inteira, acalme-se. Entra aí outra grande novidade do produto: a leitura só é possível se houver circulação do sangue, já que o elemento fundamental é o padrão vascular.
O escuro absoluto também já não é mais tão convidativo assim para os assaltantes. Isso após o surgirem câmeras que utilizam tecnologia infravermelha. Elas oferecem ganho de luz ao equipamento, que tem feito a máquina ganhar adeptos no Estado. O técnico em eletrônica Rodolfo Delfino, por exemplo, está entre os que trabalham com esse sistema de monitoramento. O A boa notícia é que no último ano, o preço caiu.
O instrutor da Swat e consultor de segurança, Marcos do Val, prefere enxergar essa lista de novidades com olhos mais críticos. É uma prova clara da ineficácia do Estado.
Mercado forte
Uma das provas da força desse mercado quem dá é o gerente do Grupo Sei Segurança e Inteligência, Edimar Barbosa. Segundo ele, por mês, o grupo chega a realizar até 80 vendas de equipamentos no Estado. No Espírito Santo existem 29 empresas que oferecem à população serviços de segurança patrimonial.
E se for para se render, que seja para a tecnologia. É o que acredita o síndico do Edifício Caramuri, no Centro de Vitória, Antônio Assis. Há oito meses instalou câmeras infravermelhas no local. Estávamos abandonados, reclama.
Cuidados básicos
Todo esse aparato tecnológico, porém, não serve para diminuir a importância de cuidados básicos que cada morador precisa ter em casa.
O especialista em segurança pública Jorge Lordello lembra que evitar ficar na portaria em horários improprio, manter a porta de casa fechada, informar ao zelador sobre períodos de ausência tempo são algumas medidas tão simples quanto obrigatórias.
R$ 20 mil é o custo - Esse é o valor da instalação de uma guarita blindada para os vigilantes. O local é feito de blocos de concreto, vidros e portas blindadas.
Fonte: Jornal A Gazeta.


