Câmeras infravermelhas: A escuridão ao alcance de seus olhos.

 

Na hora de escolher os equipamentos para um projeto de segurança, a maior dúvida dos clientes é a questão das câmeras de monitoramento. Saber qual modelo atenderá melhor a sua necessidade é uma decisão difícil de ser tomada, e por isso mesmo deve ser feita com a ajuda de um profissional especializado, e que levará em conta todos os outros recursos envolvidos, no projeto.

Quando pensamos em equipamentos de CFTV, muitas opções nos vêm à cabeça. E um dos equipamentos mais citados pelos clientes que buscam este tipo de serviço são as câmeras infravermelhas ou de termografia, que usam luz infravermelha para mostrar o que está acontecendo no escuro.

Esses equipamentos possuem um dispositivo que detecta energia infravermelha (calor), converte em sinal eletrônico produzindo imagens em padrão TV/vídeo e executando cálculos de temperatura. Os dados detectados por uma câmera como esta são extremamente precisos.

Infravermelho é a energia eletromagnética, e invisível ao olho humano. O que as câmeras com dispositivo infravermelho fazem é converter a energia infravermelha, também conhecido como calor radiante, em uma imagem que o olho humano pode ver e entender. Esse processo é conhecido como imagem térmica. Esses equipamentos são capazes de medir a temperatura e traduzir em cores. Dessa forma, elas são capazes de capturar o calor, e consequentemente, as imagens de carros, pessoas, animais, ou qualquer outro tipo de calor.

As imagens das câmeras infravermelhas podem ser traduzidas da seguinte forma. As áreas mais quentes são mostradas em vermelho, seguido pelo amarelo, amarelo, verde, azul e violeta. A parte que aparece em violeta é a menos quente.

O que devemos sempre lembrar é que apesar de todo o recurso e precisão, as câmeras com infravermelho nem sempre serão a opção ideal. De acordo com especialistas da área de segurança, o infravermelho só é a melhor escolha quando se tratam de câmeras de lux (medida de iluminação de ambiente. Quanto menos LUX na especificação melhor capitação em ambientes com menos luz) inferior a 0,1, ou seja, câmeras que na escuridão oferecerão uma imagem de alta qualidade. Alguns modelos de câmeras com lux inferior a 0,1 diferenciam a luminosidade do ambiente, e só ativam o ativam os leds da câmera quando necessário, oferecendo uma visualização de qualidade em qualquer nível de luminosidade, seja dia ou noite.

Já no caso de câmeras com lux maior que 1,5, os especialistas afirmam que o infravermelho pode prejudicar a visualização da imagem, pois os leds ficam acionados constantemente, e assim, em locais com grande luminosidade, o que se tem é uma imagem muito clara, praticamente em preto e branco.

Leonardo Vitulli, gerente de Marketing da TecVoz, empresa especializada em soluções de videomonitoramento, concorda com os especialistas. As câmeras com infravermelho não necessariamente são as mais eficientes. Tudo depende do que o cliente vai precisar no resultado e na gravação das imagens. Se precisar observar algum lugar que em determinada hora ira ficar 100% sem luz, ai sim é o recomendado.

O gerente de Marketing da TecVoz explica que as câmeras infravermelhas podem ser usadas em ambientes internos e externos, e possuem vantagens em relação as câmeras convencionais. Apesar de funcionarem da mesma forma que as câmeras normais, os equipamentos com infravermelho, possuem sensores, que na falta de luminosidade, permitem uma visão completa, diferentemente dos demais modelos, que não apresentam imagens de qualidade à noite.

Outra questão importante é que muitos clientes acreditam que as câmeras infravermelhas só funcionam de forma eficiente durante à noite. Perguntado sobre a eficiência dos equipamentos, Leonardo Vitulli esclarece a questão. Não é que elas só funcionem à noite. O que acontece é que ao utilizar as infravermelhas, em locais de pouca iluminação e à noite, o cliente tem uma visualização muito boa, de qualidade acima das expectativas, o que não acontece com as câmeras convencionais, mesmo as que possuem Lux baixo.


Fonte: Revista Segurança e Cia.

Fonte da Notícia: http://www.revistasegurancaecia.com.br/index.asp?pg=revista_detalhes.asp&id=1786&revista=15 Publicado: 09/08/2011