Big Brother nas ruas.

 

No DF há uma câmara de vigilância para cada dez habitantes. Uma câmera de vigilância para cada dez habitantes é a média  apontada pelo Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Siese) no Distrito Federal, em 2010. As 250 mil câmeras estão espalhadas em 62.500 lugares como nos comércios, locais públicos e residências. O número engloba os  equipamentos instalados para fins particulares em residências, estabelecimentos comerciais e condomínios particulares, assim como as câmeras instaladas em áreas públicas.

A onda crescente das ocorrências de violência fez com que o brasiliense tomasse suas próprias providências. “Geralmente, as pessoas reforçam a segurança depois de terem passado por situações extremas”, explica Augustus Von Sperling, presidente do Siese-DF. Prova disso é que, atualmente, 14 mil imóveis possuem sistemas de alarmes. A empresa de segurança Soberana monitora o sistema de 11 câmeras do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran). “O objetivo é impedir furtos nos carros, tanto das pessoas que passam pelo local como dos que estão apreendidos, além de preservar o órgão de qualquer dano”, explica o monitor Bruno Fernandes, 24 anos. Na sede são 14 câmeras externas e internas, além da presença do vigia. Com isso, casos de furtos já foram solucionados. “Um vigia de carro pegou o celular de um motorista que o havia esquecido no estacionamento. Quando a vítima nos procurou, conseguimos identificar o assaltante por meio do sistema e a polícia foi acionada”, relata.

CUSTO E BENEFÍCIO

Um sistema de vigilância simples, com quatro minicâmeras e gerenciado por computador, sai por cerca de R$ 2 mil. Irenaldo Pereira Lima, diretor do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Sistemas de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transporte de Valores no Distrito Federal (Sindesp) diz que, com o monitoramento feito por prestadora de serviço, a mensalidade sai, em média, por R$ 80. Mas os especialistas destacam a importância do investimento. Von Sperling diz que a cidade tem uma grande concentração de órgãos públicos, e que a renda  per capita de Brasília é uma das mais altas do País. Portanto, as pessoas têm a necessidade de se precaver em relação aos bens materiais. Entretanto, ele ressalta que a instalação de câmeras não é suficiente para conter o aumento da violência, mas o equipamento é eficaz na identificação de criminosos. Quem transita pela Rodoviária do Plano Piloto também pode ser filmado. Apesar do local ainda não ter um sistema de monitoramento, os donos de estabelecimento trataram de reforçar a segurança. O proprietário da Coquetel Lanches, Sebastião Leite, 43 anos, diz que o motivo maior da instalação das duas câmeras é prevenir possíveis furtos.“Há três anos tomei esta medida”, lembra. O assessor especial de gabinete da Secretaria de Transportes, Luis Messina, informa que existem estudos na Rodoviária para a uso do monitoramento 24 horas.

SAIBA +

No Distrito Federal, cerca de 60% das instalações de câmera de vigilância são para prevenir ações de bandidos, 30% delas servem para gerenciamento de pessoas e o restante tem outras finalidades. No Brasil existem 10 mil empresas que atuam nesse segmento, gerando cerca de 113 mil empregos diretos e mais de 1,3 milhão de indiretos, segundo dados da Abese. Atualmente, existem cerca de 650 mil imóveis monitorados por sistemas eletrônicos de alarmes

no País. Em 2009, o setor movimentou um montante na ordem de US$ 1,5 bilhão, com um crescimento de 7% em comparação ao ano anterior.

 

 

Fonte: Jornal de Brasília/DF

Fonte da Notícia: Jornal de Brasília/DF Publicado: 27/05/2011